Alexandre de Mattos, hoje praticante de Triathlon, mudou sua vida no último ano perdendo mais de 35Kg e afirma: "Esses 35Kg são apenas o início".
Alexandre nunca havia sido "o Atleta da turma", e para tentar reduzir o peso havia tentando muitas das dietas da moda, mas infelizmente, sempre era vítima do efeito sanfona e dessas técnicas de emagrecimento, mas com 35 anos, casado e pai de 2 filhas, ele percebeu que havia chegado ao seu limite.
Em Março de 2014 pesando 140Kg, decidiu fazer um projeto de vida que com toda a certeza, muitos duvidaram tornar-se triatleta em 12 meses, e podemos afirmar que ele CONSEGUIU!
Além de treinar firme as 3 modalidades (corrida, ciclismo e natação), já pode realizar provas duras de triáthlon onde toda habilidade é colocada à prova e exigimos 110% de nossos corpos.
Com isso, vamos a entrevista que fizemos com o Alexandre:

Alexandre de Mattos

1) Quais foram os fatores que fizeram você optar por uma mudança em
seus hábitos de vida?
A: A saúde em primeiro lugar. O sobrepeso traz com ele uma série de desajustes no organismo, como a fadiga por exemplo e dores de cabeça, isso falando apenas de exemplos do que te afeta diretamente no dia-a-dia. Tem uma hora na qual o corpo pede socorro e o meu já havia entrado nessa fase, com 140 kilos a sirene de "help" não desligava mais. O desconforto já estava sendo frequente, o que me despertou para uma necessidade (urgente) de rever os hábitos. Claro que outras situações desconfortáveis influenciaram, como a dificuldade para comprar roupas, você não se ajeitar mais em todo tipo de cadeira e a questão estética.
2) Em sua vida o que surgiu primeiro: "Corpo de atleta" ou "mente de atleta"?
A: Eu acho que o "corpo de atleta" ainda não surgiu, ele está a caminho (risos) hehe. Brincadeiras a parte, foi realmente a "mente de atleta". Tudo começou com esta transformação mental. Os primeiros exercícios eram muito difíceis de serem praticados. Seria como pedir para uma criança de 6 anos elaborar um discurso para executivos, a criança já sabe falar, mas por mais que tente não tem as habilidades para elaborar o discurso. Comigo foi assim, eu sabia o que queria fazer, mas o corpo não tinha o conhecimento para executar ou por assim dizer, a experiência, o hábito. Por isso o processo mental teve que ser forte, para ajudar a focar no objetivo final, para não desanimar com as dificuldades, com as dores no corpo, com a falta de resistência, para aprender que existem técnicas de treinamento, que o corpo tem que "aprender" a conviver com os novos esforços físicos, que musculatura, respiração, alimentação, tudo deve estar equilibrado e que para conseguir fazer essa reorganização da mente e do corpo é preciso tempo.

3) No começa de sua mudança, foi mais difícil acrescentar atividade física ou a reeducação alimentar?
A: Com certeza acrescentar atividade física! Meu corpo lutava contra essa 'ideia louca" rsrs. Manter uma rotina no início foi um grande desafio. Entender que no mínimo 1 hora do seu dia, em 6 dias da semana, deveria ser dedicada para exercícios não foi fácil. Não vou dizer que agenda e horários apertados dificultam porque, no final das contas, esta é uma das desculpas que usei muito tempo para não me cuidar. E não é uma desculpa consistente! Afinal, tempo para ver um filme na TV ou para ir no cinema, ou para sair janter com amigos sempre havia. Pensar que 1 hora do dia para exercícios é inviável é uma grande desculpa, afinal, é só acordar mais cedo, colocar o tênis e ir para rua. Mas tem que querer, caso contrário, não acontece mesmo.
O "nerd triatleta"

O "corpo de atleta" é uma consequência da "mente de atleta", ao menos foi assim para mim, pois nos primeiros treinos eu, no máximo, conseguia correr sem perder o fôlego e ter que parar para me recuperar 50 metros! Hoje, apenas 12 meses depois do início destas práticas esportivas posso, por exemplo, correr 10 Km sem uma única interrupção para descansar. Ou, correr 20 km de bike + nadar 750 metros + correr em estrada de chão e com muita subida 5km, tudo em sequência, como fiz na minha primeira prova média de Triatlhon. É uma grande diferença e são resultados que pareciam serem impossíveis de serem alcançados, se eu lembrar do Alexandre de 1 ano atrás!

4) Se pudesse mandar uma mensagem para o Alexandre de 1 ano atrás, qual recado seria?
A: Porque demorou tanto para tomar esta decisão? E parabéns, você está conseguindo!
5) Existe alguma comida que você mais sente saudade de quando "comia de tudo"?
A: O bom é que não, porque na verdade continuo comendo tudo o que gostava. O que mudou, foi que aprendi que o problema não são necessariamente os tipos de alimentos, mas sim as quantidades que não podem ser exagerada nem insuficientes. Pode-se comer de quase tudo se comermos um pouco de cada coisa e de diversos grupos alimentares. Claro, que é preciso aprender mais sobre os alimentos e as suas propriedades. Não é possível você querer emagrecer abusando de batatas fritas e fast food por exemplo, assim como não podemos nos enganar achando que frutas são, por exemplo, inofensivas.
Se você comer 10 bananas por dia vai ganhar muito peso! O que aprendi é que vale muito o bom senso, tudo o que é demais não vai fazer bem para o corpo e ao mesmo tempo se privar de um "pequeno" pecado alimentar eventualmente também não vai fazer bem para ajudar no controle alimentar. Hoje eu como , portanto, de tudo um pouco e agora sei o que pode fazer com o meu organismo o que estou comendo. Antigamente não tinha este hábito, que considero decisivo para emagrecer, saber o que se está consumindo e como este alimento poderá afetar seu metabolismo.
6) Deixe um recado para as pessoas que estão começando agora uma Reeducação Alimentar e/ou Atividades Física:
A: Paciência e persistência! Não tem caminho fácil nessa jornada. Todo atalho é perigoso.A compreensão de que a mudança demora para aparecer é importante. Não pode se ter pressa, é literalmente um passo de cada vez. Claro que cada pessoa tem o seu metabolismo próprio, tem pessoas que em pouco tempo de atividade física vão ver mudanças muito grandes, mas outras pessoas vão ter que esperar meses para sentirem de fato uma evoução. Então, paciência é fundamental! O negócio é pensar que os meses ou anos vão passar de qualquer forma. Se você tomar a decisão de começar hoje sua nova etapa na vida, logo você vai se encontrar consigo mesmo "remodelado" lá na frente. Se não fizer nada, vai se encontrar no futuro consigo mesmo quem sabe em situação ainda mais desconfortável, com mais peso e com menos resistência física. Recomendo também não fazer uma cruzada solitária! É importante procurar grupos de treinos, de corredores, de nadadores, de ciclistas, seja o esporte que for. Estar perto de pessoas que vivem as práticas esportivas nos fortalece, são grupos onde as pessoas se ajudam muito, se incentivam, se motivam entre si. Não precisa ir para o Triatlhon, como eu fiz, que demanda mais esforço, mais tempo, mais tudo ( hehe), é possível fazendo um único esporte chegar no mesmo resultado. E nestes grupos que falei você vai trocar a Coca-Cola pela água ( de preferência água da fonte, para não ingerir muito sódio). Ou seja, são pessoas que pensam e agem com foco na vida saudável. Não podemos esquecer os amigos da antiga, mas não dá para queremos ser esportivos e saudáveis fazendo "jantinhas" com os parceiros todos os dias ou indo dormir de madrugada. A vida muda!E no início principalmente, eu sugiro buscar ajuda profisisonal para reeducação alimentar e para os atividades físicas. Ter uma orientação de um treinador,principalmente, é a diferença entre você cansar nos exercícios e não chegar em lugar nenhum ou você conduzir o seu corpo de forma mais agradável nos treinos e realmente evoluir no condiconamento físico. Em resumo, nosso corpo é uma verdadeira máquina, e pode ser programado, mas temos que usar os "softwares" certos para não dar "bug" no equipamento!

Bom, essa ótima entrevista bem divertida e informativa foi um exemplo para todos nós.
Obrigada Alexandre, pela sua participação no site CORPO+SAÚDE !
Tem uma boa história de superação como essa? Ou conhece alguém que merece mostrar para todos como emagreceu e venceu várias barreiras?
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